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POETA DE PERIFERIA
Nunca tirei um sarro
Nos bancos do Central Park
Nem aos pés da estátua da Liberdade,
Sequer algum dia
Imitei o Hugh Grant
Trocando boquete
Com alguma Divine
Nos arredores de Los Angeles,
Jamais mijei no Rio Hudson
Do vão central da Ponte do Brooklin
E nunca achei graça nenhuma
Em comer pipoca com bacon
No trem fantasma da Disney Wolrd,
Tampouco nunca peguei um breack-fast
Em qualquer lanchonete da Wall Street.
Mas ninguém se assuste
Com o meu desdém debochado
Pelas coisas suntuosas
Desse mundo consumista,
É que eu me sinto muito bem
Junto aos pés de cana
Dos butiquins pés sujos
Desses guetos suburbanos
Onde eu levo minha vida
De poeta proletário.
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